sábado, 28 de agosto de 2010

Cativa-me



Como és cálida e sábia,
te vejo sobre os mais altos montes 
inatingíveis, quase perfeitos. 


Não há coisa ou lugar que a descreva,
és como uma criatura de meus sonhos 
vinda de dentro das mais belas flores. 


Tu sabes bem o que és, 
pedaço de preciosidade pálida
mórbida e atingível. 


Cores de sua fonte de fios rara, 
curiosidade de seus delicados membros, 
és como o sonho que sempre quis ter.


Sonhei que poderias ser minha, 
mesmo que, no seu pedestal eu nunca ousei encostar, 
te admiro como um colecionador. 


Te quero de longe, 
e de perto, tudo o que tenhas a me dar
força carnal, boca fraca. 


As vezes já não te quero mais. 


As vezes me dás asco. 


As vezes eu me farto com sua essência. 


Porém, ninguém descreverá essa minha criatura como eu o farei. 
Não encontro ainda o que me faça pensar que esteja aos seus pés, 
sem dúvida és tu. 


Um amor odiado, 
"vou na minha inimiga imaginando", 
és aquilo que me tira do eixo. 


És também aquilo que eu mais detesto
E quero sua santidade
assim como já não te quero mais.  

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