sábado, 25 de setembro de 2010

realização




Não quero ser reconhecido após minha morte. 
Não quero esperar não poder lutar para que minha glória tenha espaço em mentes amantes. 

Hoje é tão fácil ser reconhecido, não existe mais Artur, Lancelot, espadas de Excalibur, ou coisas fúteis que se tornem história. E eu, com tanta história e experiência para compartilhar, estou aqui, presa dentro da atmosfera que nos transforma em seres inferiores. 


O meu objetivo é atingi-los, como fazê-lo? 
Inutilmente. 

Pretendo esquecer do externo, conquistar poucos confidentes para ampliar o conhecimento do mundo que eu crio, se a morte não aceitar, direi-lhe que não a temo e que muito em sua ausência aproveitarei.

No leito de meu epitáfio não quero um choro estridente, 
nem pessoas amargas ou inúteis. 
Quero meus velhos especiais, cujo tempo não deixou morrer o sentimento. 
Velhos estes que de uma vida inteira souberam receber minha psico-loucura e acataram com fervorosa paixão meus dias de cão. 


sábado, 18 de setembro de 2010

I bug


De que me falavas, pequeno inseto?
Das minhas dores profundas?
Das suas mágoas reprimidas?
Ou da sorte que tivemos em nos encontrar?

Somos passageiros, nada vulneráveis, porém,
pagamos um preço justo por sermos individualistas.
Não sei.

Seria isso errôneo?

Só estamos juntos pelo mesmo fato de não prestarmos para coisa alguma,
nossa sorte aparece por pura casualidade.
Ainda não fizemos ninguém feliz,
ainda não.

Será que viemos com outro objetivo?

Não sei, pequeno.
Só quero contar com a tua depressão até o dia em que meu esqueleto tornar-se insuficiente.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Rock town downloads.

Este blog possibilita o rápido download de muitas bandas legais, álbuns, e discografias. 


Vale a pena! :) 


Rock town downloads

sábado, 11 de setembro de 2010

O que não queremos dizer (...)



(...)


Nossos poros irão falar. 


Pensastes que eu não saberia?
Pensastes que sou como querias.


Não penses o que mal imaginarias. Seja coerente, não tens razão alguma. 
Não me conheces, não me tens, me perdestes, porque sim. 


E o que mal sabes é que eu sim sei, mera diferença. Eu sei. Eu sempre sei. 
Por trás de tudo isso o diz sua alma, seu modo de me tocar, sua indiferença ao me olhar. 


Não fujas, não desvies sua atenção, estou lhe falando. Seja coerente, não tens razão alguma. 
A muito tempo atrás eu aprendi a controlar sentimentos, sei fingir, tu não. 
És de uma quietude perplexa, não quero lhe julgar, és ignorante.


Não conheces o segredo dos olhos, não sabes ouvi-los, não sabes responder-lhes. 
Eu conheci tudo sobre sua essência, conversei com eles, e eles me revelaram a verdade, 
Tu não conheces a razão, tu não sabes de nada. 


Olhe-me e diga, que é que vês? 
Meus olhos não mentem, e os seus também não. 
Porém eles estão contra você, senão, te ajudariam a sobreviver na encruzilhada dos meus.  

sábado, 4 de setembro de 2010

Esqueçais das Flores Amarelas


Ainda me recordo daquele instante de idealização
aquela imaginação precoce sobre tudo o que eu generalizei. 

Confesso que no momento em que te vi, senti calafrios. Fugistes de mim um instante, 
medo, incerteza, mas logo voltastes, para o sucesso de meu sorriso. 

Ainda não sei quem és. Ainda não te conheço. Ainda não. 

Pequenos detalhes, pequenas palavras, pequenos olhos brilhantes. 
O sorriso magnífico, palavras soltas com vontade. 
Líquido doce, e de gosto ruim. 

Sentimento platônico, um rosto demorado, dois rostos juntos mais demorados. 
Querendo tê-lo vivido novamente, mesmo que contato algum seja possível.

Não esqueçais daquele campo de Flores Amarelas, no fim de seus leitos é que eu descanso. 
Morto por minhas ilusões, solitário e enfraquecido, esperando somente a companhia de um velho conhecido que saiba explicar-me a razão do prazer.

Não esqueçais das Flores, elas o levarão até mim, pequeno selvagem.