sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Meu elixir



Quando a tomas, o poder aquece,
o sangue ferve e a mente cresce.

É algum elixir arcaico que rastros de delírio deixa-nos,
manchando os passos que acabamos de conquistar.

Quando a tomas, o sangue ferve,
ímpeto te curvas a seus favores.

Eu a tomei, mas a soube tomar.
Tu não soubestes tomá-la.

Eu sei que é desesperador,
mas ela nos revela o poder que temos.

Tomo-la como se fosse unica,
como se fosse a minha salvação,
que de fato me convence que é.

É algo tão puro, desejável de bons modos.
É algo que mata a sede,
algo que fortifica.

Posso não significar nada,
aliás, sou apenas mais um ser,
mais uma alma que deixa-se ludibriar pelo seu fogo.

Ratifico que mesmo tomando-te as pressas,
sei que tenho um pouco de ti,
esse pouco que ao tomá-lo
me transforma no pássaro que sempre sonhei ser.