Não quero ser reconhecido após minha morte.
Não quero esperar não poder lutar para que minha glória tenha espaço em mentes amantes.
Hoje é tão fácil ser reconhecido, não existe mais Artur, Lancelot, espadas de Excalibur, ou coisas fúteis que se tornem história. E eu, com tanta história e experiência para compartilhar, estou aqui, presa dentro da atmosfera que nos transforma em seres inferiores.
O meu objetivo é atingi-los, como fazê-lo?
Inutilmente.
Pretendo esquecer do externo, conquistar poucos confidentes para ampliar o conhecimento do mundo que eu crio, se a morte não aceitar, direi-lhe que não a temo e que muito em sua ausência aproveitarei.
No leito de meu epitáfio não quero um choro estridente,
nem pessoas amargas ou inúteis.
Quero meus velhos especiais, cujo tempo não deixou morrer o sentimento.
Velhos estes que de uma vida inteira souberam receber minha psico-loucura e acataram com fervorosa paixão meus dias de cão.
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