Por instinto tenho passado meu tempo sem outra preocupação a não ser me fartar de alguém.
Meu organismo já preparado para tais situações não se importa se é o meu cérebro que não se internou totalmente em essa ideia.
Instinto;
Carnal;
Saturação;
Pacificidade.
Não fui criado para suportar,
nunca consegui fazer com que me prendam facilmente,
mesmo que eu queira no momento pré-carnal.
O que eu tenho feito não desejaria.
Utilizar esses seres, nunca me disseram que era lícito.
E por não sugar-lhes o que me era adequado, ou por mera pena,
venho hoje eu contar-lhes minhas mágoas.
"Olhe bem para quem te fala,
e não o cales sem ouvir que te diz.
No decorrer de meus dotes,
vi uma criatura mística,
tão estranha e cálida que não me lembro onde estive.
Tinha um alto radiar de vibrações insanas, tímidas e sábias.
Nela eu vi mais uma vítima de meus truques,
tão fácil de iludir.
Como tantas que já marquei.
Não sinto orgulho.
Fato.
Mas ela era linda.
Conquistou-me, incluso,
coisa que nunca ocorrera.
Chega!
Não penso me render, mas desta vez o que eu menos queria para meu ego e orgulho era ter que ceder.
E foi o que me fizestes fazer, mizerável.
Sofro ao ver que meus dotes me levaram ao meu veneno, e podre no túmulo hoje eu pago por ela.
Ana, Ana, não se sinta culpada. Eras tu a que vingaria esse temor de teus ancestrais.
Grandiosa eres, e corres por viver, mesmo que de mim você jamais irá se esconder."
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