sábado, 9 de outubro de 2010
arma
Sei que prefiro morrer.
Prefiro arder em chamas.
Sei que é menos doloroso.
Já não inventaram algo tão malévolo.
É uma dor interna, que não consome, não destrói.
É uma dor infinita que não mata,
só aumenta o desgosto e a vontade não mais existir,
mesmo que, a sua arma seja manter-te vivo.
Ah, como eu prefiro morrer.
É como ser esfaqueado,
mas não por inteiro,
o que o deixaria horas e horas sangrando,
sufocando, gemendo de dor até a morte,
que, neste caso, não chega.
Se é preciso,
se é necessário,
se há de passar por toda esta ação errante,
maldigo-lhe eternamente,
e me sacrifico antes,
a ter de amar novamente.
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Como sempre, brilhante!
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