És crú,
feito de carne que eu nunca como.
És sólido,
palpável e inatingível.
Belo prado possuis e nenhum animal inanimado feito eu tem permissão de pastar;
Pareces uma coisa,
mas és outra.
És outra cor,
enquanto eu permaneço no cinza.
És belo,
E boniteza nenhuma me pertenceu.
Guardo de ti o instante mais profundo,
que de mais importante se manifestou.
Guardas de mim apenas o cinza,
que foi o único que de mim sobrou.
Flutuações termo biológicas de tua essência
ResponderExcluirNum copo plástico nicotinado e incolor
Na borda, a luz tangente me atinge
E fere meu lábio com teu cinza agoniado
Nem bebo, nem trago
Só vejo o fundo
E o fundo esvazia-me os pulmões
E o fundo seca-me a boca
Até afogarem meu infinito
Noutro copo de vinho