quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Todo amor que houver nesta vida


Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
com sabor de fruta mordida
nós na batida,
no embalo da rede
matando a sede na saliva
ser teu pão, ser tua comida
todo amor que houver nessa vida
e algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
pelo inferno e céu de todo dia
pra poesia que a gente não vive
transformar o tédio em melodia
ser teu pão, ser tua comida
todo amor que houver nessa vida
e algum veneno antimonotonia
E se eu achar a sua fonte escondida
te alcance em cheio o mel e a ferida
e o corpo inteiro feito um furacão
boca, nuca, mão, e a tua mente, não
ser teu pão, ser tua comida
todo amor que houver nessa vida
e algum remédio que me dê alegria.
Cazuza

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